A guerra civil na Geórgia foi um conflito político e interétnico que ocorreu na República Independente da Geórgia, entre 1991 e 1993. O conflito no país do Cáucaso ocorreu logo após o fim da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), fato que levou ao fim da Guerra Fria.

Soldados na Guerra Civil da Geórgia (1991-1993)

No aspecto político, o conflito ocorreu entre os partidários do presidente Eduard Shevardnadze e partidários do ex-presidente Zviad Gamsakhurdia. Gamsakhurdia havia sido eleito com 87% dos votos, mas foi retirado do poder através de um golpe de Estado.

Após o golpe, Gamsakhurdia foi exilado mas, mesmo assim, partidários do seu governo continuaram protestando na Geórgia. Os protestos iniciaram durante o governo de transição e, depois, quando subiu ao poder o ex-líder comunista Shevardnadze. Porém, o movimento ‘zviadista’ não foi bem-sucedido.

O conflito interétnico

Paralelo ao embate político, o país passou por tentativas de separatismos por parte de minorias étnicas. Dentre elas, estavam os adjares, os abcases e os ossetas. Estes últimos estavam localizados, respectivamente, na Abcásia e na Ossétia do Sul.

O livro “O Mundo Pós-Guerra Fria”, de Jayme Brener, cita uma frase do professor Anatoli Khazunov, da universidade de Wiscosin: “no cáucaso, todos lutam contra todos e só concordam em um ponto: odeiam os russos tanto quanto se odeiam mutuamente” (p. 21).

O saldo da guerra civil na Geórgia teve um saldo assombroso. Foram milhares de mortos e feridos, principalmente entre abcases e ossetas, assim como centenas de milhares de refugiados. O conflito levou também a separação da Abcásia e da região da Ossétia do Sul.