A atual situação territorial da tribo dos Guarani-Kaiowá está causando comoção em diversos setores da sociedade brasileira e chamando atenção da comunidade internacional. Isto porque, em recente carta escrita por indígenas da tribo, o termo “morte coletiva” tem sido interpretada como “suicídio coletivo”.
O temor tem razão de ser, afinal, os Guarani-Kaiowá lideram ranking internacionais de suicídio de jovens. No entanto, é verdade também que muito do estardalhaço recente é fruto de um “ativismo de classe média” que, sem checar o contexto das informações, mais atrapalha do que ajuda.
Para conhecer um pouco do contexto histórico da perda de território e de identidade de grupos indígenas, esta lista trata de 15 curiosidades sobre o povo Guarani-Kaiowá. Para esta postagem, extraímos e adaptamos informações dos sites Trilhas de Conhecimentos e BBC Brasil.
– Os guarani estão divididos em três grupos que vivem no Paraguai, na Argentina, no Uruguai e no Brasil: os Mbyá, com uma população estimada em 10 a 11 mil; os Avá-Chiripá, com cerca de 9 mil; e os Pài/Kaiowá, com 35 a 40 mil pessoas.
– A população guarani que habita a região sul do estado de Mato Grosso do Sul é de cerca de 25 mil e, na sua grande maioria, corresponde ao grupo Kaiowá e, em menor número, aos Ñandeva. Como os Ñandeva se autodenominam Guarani, sua presença nas aldeia Kaiowá gerou o termo Guarani-Kaiowá.
– Os Kaiowá habitavam uma região de difícil acesso na serra de Amabai, atual fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai e, por isso, permaneceram praticamente isolados até meados do séc. XIX. Isto mudou após a Guerra do Paraguai, que teve como parte do cenário de batalha o território indígena.
– A partir de então, o cultivo e extração da erva-mate, explorada em grande intensidade na região, em especial a partir da década de 1880, passou a incorporar significativo número de Guarani-Kaiowá como mão-de-obra.
– Em 1882, o governo imperial arrendou a região para a Cia. Matte Larangeiras, que iniciou a exploração da erva-mate em todo o território Guarani-Kaiowá. A exploração da erva foi responsável pelo deslocamento de inúmeras famílias indígenas.
– De 1915 a 1928, o governo federal demarcou para uso dos índios Guarani-Kaiowá um total de oito reservas, perfazendo uma média de 18.200 hectares. Iniciou-se, então, um processo de confinamento dentro das reservas demarcadas, das diversas aldeias, localizadas em todo este imenso território .
– Com o desmatamento da região e a implantação das fazendas de gado e colônias agrícolas, em especial a CAND – Colônia Agrícola Nacional de Dourados, a partir da década de 1940, dezenas de aldeias guarani-kaiowá tiveram que ser abandonadas pelos índios, sendo suas terras incorporadas pela colonização.
– Até o final da década de 1970, o processo de redução e confinamento forçado dos indígenas nas oito reservas foi constante, independente da legislação já existente e a favor da proteção dos direitos indígenas à terra.
– A vida dentro das reservas impunha aos Guarani-Kaiowá profundas transformações na relação com o território tradicional, pois, ao perder a sua aldeia, eles eram obrigados a disputar um lote cada vez mais reduzido dentro das mesmas.
– A partir de 1978, algumas comunidades, com o apoio de setores da sociedade civil e dispostas a não aceitarem perder suas terras tradicionais, iniciaram, com êxito, a luta para interromper essa prática histórica, comum em toda a região.
– A crescente imposição do trabalho assalariado surge como alternativa de subsistência, mas atinge as bases tradicionais de sua economia, reforça a exploração como mão-de-obra barata e desqualificada, obrigando os índios a passarem meses distantes de suas famílias.
– A família extensa é a unidade social básica da sociedade guarani-kaiowá, sobre a qual se apoiam seus líderes político-religiosos. Com a dispersão, seus integrantes não encontravam mais as condições necessárias para manterem inúmeras práticas religiosas coletivas.
– Segundo classificação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a situação das terras indígenas em Mato Grosso do Sul, atualmente, é a seguinte: 17 registradas, 5 homologadas, 3 declaradas, 3 identificadas, 10 a identificar, 8 reservadas e 74 sem providências.
– Os Guarani-Kaiowá detém um dos mais altos índices de suicídio no país e no mundo, de acordo com o CIMI. A cada seis dias, um jovem guarani-kaiowá tira a própria vida. Dentre os motivos estão a falta de perspectiva de ter territórios demarcados e confinamento em reservas.
– Além do número de suicídios, os índices de homicídio também são alarmantes. Relatórios de violência do CIMI mostram que, nos últimos anos, o Mato Grosso do Sul vem liderando o ranking de “estado com mais indígenas assassinados”.
Claro que a extinção de uma especie, de um idoma ou de uma forma de pensar é triste. è um empobrecimento da humanidade como um todo. Quem nao vai garantir que certa forma de pensamento não seria a solução pra algum mal que toda a humanidade padecerá? Mas extinções estão na ordem do dia em todo o Universo, se algo é extinto é porque mau ou bem nao se adequou as regras do jogo de certo tempo e lugar. As pessoas morrem mesmo com Medicina avançada, guerras iniciam e até estrelas morrem também.
É um drama realmente grande, os suicidios coletivos, nasce da percepção da falta de futuro melhor que o presente e de uma boa ajudinha do etanol que consegue encontrar seu caminho até o indio. Nada que nao ocorra entre os outras populações excluidas da sociedade, a diferença é que estes são todos parentes.
Havia em 1985, se nao me engano um programa na TVE de debates moderados por Leda Nagle. O entao presidente da FUNAI disse tudo isto claramente: as culturas indigenas como modo de viver estão com os dias contados, dando terras e alguma ajuda a seu isolamento estamos apenas fazendo com que cada indio ESCOLHA QUANDO farão parte da civilzação ocidental. Esta opção nao existia antes da FUNAI. Nao preciso dizer que o cara perdeu o cargo pouco tempo depois disto. É. O “Politicamente correto” é mais antigo que eu pensava.
No fim da ditadura, alguns indigenas de areas demarcada estavam sendo tentado por estrangeiros a neogicar ouro e uranio de suas terras. Porem a lei é clara, eles são donos do solo e nao do subsolo e como os deficientes mentais e os menores de idade são considerados inimputaveis legalmente. Bolas ,mas eles querem e tem o direito de ter acesso a internet, vacinas, computadores e roupas, a cultura deles não vai ficar impermeavel a cultura do ocidente e nem eles querem isto.
Quando a última árvore tiver sido derrubada
Quando o último rio tiver sido envenenado
Quando o último peixe tiver sido pescado
Compreenderás que o dinheiro não se pode comer
Profecia indígena
Certamente… porque os maias não eram ecocidas, nem os tupis queimavam mata atlantica pra suas aldeias e lavouras ou para vender pau-brasil ao branco. Os indios só nao faziam mais impacto ambiental porque sempre foram muito menos numerosos que a população descendente de europeus apos seculo XVII.
A unica opção para o civilizado ser menos ecodia é reduzir drasticamente nossos numeros. Note que o padrao consumista americano já está sendo adotado pelos chineses, mas a maioria do mundo ainda nao goza de tanto conforto. mas eles nao mereceriam? E quando obitiverem, o que será dos ecossitemas? Nao vai ser adotando os “padroes guaranis” que reolveremos o impasse.
Quando a última árvore tiver sido derrubada
Quando o último rio tiver sido envenenado
Quando o último peixe tiver sido pescado
Compreenderás que o dinheiro não se pode comer
Profecia indígena
Apoio o Américo!! Temos que aceitar que somos um país de miscigenações e temos que respeitar as diferenças culturais!!
Esse povo estava lá há décadas e não incomodava ninguém. Será justo causar tanto sofrimento a eles e à natureza (desmatamento) só por dinheiro? Se é questão de dinheiro o Estado que indenize esses agricultores, pois é dever do Estado também garantir condições de vida e saúde digna a TODOS os cidadãos.
” O homem branco prometeram aos índios muitas coisas….de todas as coisas que nos prometeram, só cumpriram uma….a de tomarem as nossas terras”
compilado do livro…”enterem meucoraçãona curva do rio”
DEE BROWN
Segundo a imprensa, são 170 famílias disputando uma fazenda com uma área de 762 hectares, o que dá 44.800 m2 por índio – seja adulto ou criança -.
Como brasileiro, quero igualdade. Como somos 4 pessoas aqui em casa – eu, minha mulher e nossos dois filhos – e portanto temos direito a 179.200 m2 !!!
Como faço para assumir a posse?
Não deixa de ser uma boa análise.
Justo.
Porém, a renda per capita de um Guarani Kaiwoá é R$ 0,00; você como bom brasileiro que é vai dividir a sua renda (e de sua esposa) com a tribo?
Vai saber usar as terras e preservá-las ou vai loteá-las pra ganhar dinheiro.
….
É, meu caro… no fundo você só é mais um babaca egoista, dos tantos que fazem o Brasil o país do Gerson.
“Nós sempre gostamos de levar vantagem em tudo, certo?”
É super antigo, mas vou responder mesmo assim. Essa terra é deles, já estavam aqui antes que a gente chegasse.
Se você é descendente de indígenas e deseja viver com eles, vá e lute junto pelo pedaço de terra que também é da tua familia por direito. Vejo porém que teu sobrenome é italiano, assim como a variação do nome que tem origem alemã. Certo? Talvez tua terra roubada esteja na Europa. “Primeiro eu, depois os meus e aos outros nada” não é verdade?
Olhe em volta de ti e vai ver que tens muito mais do que precisa, entao pare de querer tudo e 90% dos teus problemas de saúde desaparecerão junto com a tua insônia e ansiedade. É o que te desejo. Um abraço!
AMAMBAI*****