Desde sua ascensão ao poder, Adolf Hitler enfrentou constantes ameaças à sua vida. Historiadores identificam mais de quarenta atentados, desde 1939 a 1944, que só cessariam com o suicídio de Hitler em um bunker abaixo de Berlim, em 30 de abril de 1945.

Confira, nesta lista, os cinco principais e mais bem planejados atentados que quase puseram fim ao terror e a destruição, causados pelo ditador alemão. Em comum, eles têm o fato de terem fracassado, por melhor que tenha sido o plano.

Esta lista foi enviada por Rodrigo Sepini, licenciando em história pela UNIFRAN.

1. O atentado da cervejaria

Cervejaria Burgerbrau após atentado

Cervejaria Burgerbrau após atentado

Em 1939, exatamente em oito de novembro, um pouco mais de dois meses após a invasão da Polônia, da qual eclodiu a Segunda Guerra Mundial, um carpinteiro alemão, Georg Elser, de 36 anos, arquitetou todo um aparato, para um atentado, na Cervejaria Bürgerbräu, em Munique. Adolf Hitler realizaria um discurso, em aniversário de comemoração ao fracassado Putsch de Munique. Georg trabalhou noites às escondidas, para que tal artefato explodisse no meio do discurso. A bomba estava programada para ser ativada às 21h20min, mas Hitler terminou seu pronunciamento antes do esperado (coincidência ou premonição?), saindo da cervejaria às 21h07min. A bomba detonou, matando 08 pessoas e feriu 60. Hitler saiu ileso, como em todos outros atentados.

2. Atentado na terra do rei-sol

Militares nazistas marchando embaixo do Arco do Triunfo, em Paris, França

Paris, 14 de junho de 1940, as forças do Terceiro Reich passam pelo Arco do Triunfo e desfilam pela Avenida Champs-Elysées. Após quase um mês de resistência, a França é capitulada pelas forças de Adolf Hitler. Hitler visitaria o território conquistado, e um desfile estava programado para o dia 27 de junho de 1940, contando com sua presença. Nesse período, a insatisfação de alguns militares já se encontrava em pleno vapor. Com isso, Fritz-Dietlof von der Schulenburg, membro do partido Nazista desde 1932, junto com outros militares, arquitetavam assassinar Hitler a tiros, enquanto passaria em seu carro na parada militar. Porém, tal desfile teve sua data alterada, pois Hitler adiantaria sua viagem para o dia 23 de junho. Schulenburg seguiu com o plano, e em 1941, um novo desfile é marcado, mas, como força do destino ou alguma “proteção”, Hitler cancela novamente tal desfile.

3. Atentado da bomba aérea

Foto de Henning von Tresckow

Henning von Tresckow

Em 1943, em uma visita ao front oriental, oficiais da resistência alemã preparavam um explosivo para ser levado ao avião do qual Adolf Hitler partiria. O general Henning von Tresckow, com a cooperação de mais alguns da resistência, programaram uma bomba, juntamente com um detonador, que estava programado para ser acionando 30 minutos mais tarde. Um fato curioso é que tais artefatos foram introduzidos em uma caixa que, para os olhos dos nazistas, levava conhaques, que seria um presente para um oficial em Berlim. O plano teria tudo para dar certo, e encerrar a guerra antes do esperado, se não fosse por um equívoco da química e da física. O detonador foi acionado, mas a bomba não explodiu, a aeronave estava em uma altitude tão elevada, que acabou congelando as espoletas, ocasionando o fracasso da operação.

4. Operação Valquíria

Toca do Lobo após atentado

Toca do Lobo após atentado

Uma operação que deveria proteger o Terceiro Reich contra golpes de Estado acabou sento arquitetada contra Hitler. Com o objetivo de tomar o controle da Alemanha, oficiais da resistência do alto escalão nazista protagonizaram o maior atentado contra Hitler. O coronel Claus von Stauffenberg se dirige a Toca do Lobo, Prússia Oriental, quartel-general da qual Hitler realizaria uma reunião que contava com oficiais nazistas, e também com o líder italiano, Benito Mussolini. Com duas bombas em sua pasta, Stauffenberg monta todo o aparato em um banheiro, e se dirige a reunião, colocando a pasta em baixo da mesa principal, ao lado onde Hitler se acomodaria. Longe da Toca do Lobo, os oficiais da resistência já preparavam todo o golpe, assim que fosse confirmada a morte do líder alemão. Mas nem tudo saiu como planejado, a bomba foi acionada, mas, mais uma vez, Hitler sairia ileso, contando apenas com alguns ferimentos.

5. Estratégia dos Aliados

Propaganda de guerra anti-nazista

“Não deixe esta sombra tocá-los. Compre bônus de guerra”

A maioria dos atentados contra Adolf Hitler foram planejados pelos próprios membros do partido nazista e militares. No entanto, o que não sabemos é que os Aliados (EUA, Reino Unido, URSS) tinham planos dos mais mirabolantes possíveis para um assassinato do líder Alemão. A Grã-Bretanha liberou arquivos secretos da Segunda Guerra Mundial ao público, dentre eles há um que continha a intenção de matar Hitler já no final do conflito. Com o consentimento de Winston Churchill, primeiro-ministro britânico na época, foram montadas operações complexas, que nunca foram postas em ação. Dentre eles: envenenamento, ataques com armas de fogo, bombardeio a sua residência em Berchtsgaden, descarrilamento de trilhos de trem, dentre vários outros. Por explicações ainda desconhecidas, tais operações jamais foram concretizadas, talvez por questões de segurança, ou até mesmo pelo fato de que, talvez, a morte de Hitler causasse consequências ainda piores do que em vida.