Na prova do Enem 2010, tente resolver esta questão sobre as ideias de Maquiavel acerca da forma como um príncipe ou rei deveria agir em relação aos súditos de seu reino. A resolução está logo abaixo da questão, com comentários e habilidades cobradas na prova.
Para ter mais informações sobre este exame nacional, fique atualizado nas notícias sobre o Enem.
Esta questão trata do período absolutista. Para saber mais sobre este assunto, sugerimos a leitura do Resumo: Absolutismo. Além disso, você pode consultar a biografia de Maquiavel no artigo 4 importantes teóricos do Absolutismo.
Questão
Questão 28
O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
a) inércia do julgamento de crimes polêmicos.
b) bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
c) compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
d) neutralidade diante da condenação dos servos.
e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.
[toggle title=”Confira a resolução ;)”]
Resposta: E
Habilidade: Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
Comentários: Maquiavel, através da máxima, “Os fins justificam os meios”, defendia que o príncipe, para manter a ordem no seu reino, poderia, se conveniente, usar da força ou mesmo da violência. Leia o Resumo: Absolutismo.
[/toggle]
Parabéns pelo trabalho neste site! É maravilhoso vê pessoas fazendo trabalhos como esse.
Por que a Suiça não foi invadida em nenhuma das duas grandes guerras??
Teoricamente, os americanos pensam desta forma e por isso a venda de armas seria tão facil lá. Como uma ditadura se implantaria lá se cada americano comum possuir uma arma, as vezes de grosso calibre? A verdade na pratica não é bem assim porque existe um lobby muito grande dos fabricantes de arma na região para simplesmente ganhar dinheiro independente de ideologia, e se a coisa chegasse a este extremo o exercito profissionalissimo americano esmagaria os John Dee facinho
O Sun Tzu era adepto do uso de exercitos profissionais, mercenarios ou patriotas e de mlicianos e o que houvesse á mão. O Maquiavel é que é contra exercitos profissionais e a favor da milicia de soldados-cidadãos. Ha veria necessidade permanente de cidadãos comuns para guerra. Se não fosse por ameaça externa seria por usurpadores internos e aí quem nos protegeria dos protetores? Ninguem porque nós proprios nos protegeriamos. A diferença é sutil, mas importante. O exercito deveria ser escravo armado do governo e não o governo ser escravo do exercito
Os antigos romanos já enxergavam o risco e tinham um aforisma: Quem nos protege de nossos protetores??
Perfeito!
Maquiavel, como Suntzu tb escreveu um Arte da Guerra. lá ele diz que : Nao deveria existir a profissao soldado. Todos os cidadaos deveriam ser periodicamente alistados, armados, treinados e dispensados pelo governo. Um padeiro enquanto estivesse no exercito deveria seer pago como padeiro, um medico como medico. Devido ao perigo do que se fazer com um exercito profissional em tempos de paz. Quem irá impedi-los de legislar e governar a todos em causa propria e prejuzo de todos? Um exercito de milicianos nao é necessariamente inferior a um profissional. Atenas e , por um certo tempo, Roma foram assim. Um exercito-cidadao romano derrotou Brenus, Pirrus, os saminitas, Amilcar, Anibal e Filipe V. O senado romano apos matar os Gracos preferiu permitir a reforma de Marius e aos poucos, Roma virou uma ditadura militar eterna. Atualmente (no tempo de maquiavel até hoje), a Suiça é assim.
Interessante esta visão, mas será que ela seria aplicável nos dias de hoje? Há necessidade de formar o cidadão comum para a guerra? Afinal, nos tempos de Tzu, as guerras por territórios era frequente, havendo a necessidade permanente de proteção do estado.
Caro prof Michel! Tudo bvem? Espero que sim!
O maquiavel é um cara subestimado. O adjetivo maquiavélico tem conoitações negativas. Porem o homem foi muito além do ” fim justifica os meios”. Se suas ideias sobre a RELAÇÃO força armada -governo fossem escutadas, as ditaduras militares da America latina jamais teriam surgido!
Aliás, Maquiavel dialoga muito bem tanto com a política de direita, quanto a de esquerda.