A década de 1960 foi marcada por grandes mudanças. A revolução cultural, a ascensão do movimento hippie, a crise nuclear, a popularização do rock’n roll, tendo como pano de fundo o conflito entre os Estados Unidos e União Soviética, conhecido como Guerra Fria (1945-1991).

Soldados tocando violão na Guerra do Vietnã

E foi neste contexto que os Estados Unidos apoiou o Vietnã do Sul  contra o Vietnã do Norte, na famosa Guerra do Vietnã. Apesar de todo o poderio militar, a participação americana dividiu opiniões, que não serão discutidas agora. A questão é que aqueles que não concordavam, se sentiam representados por músicos e bandas cujas canções criticavam a guerra das mais diversas maneiras. Assim, conheça 10 músicas de protesto contra a guerra do Vietnã.

E se você curte o rock e seus derivados, dê uma olhada no artigo que fizemos sobre os maiores riffs de guitarra da história

1- The War Drags On

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The War Drags On foi composta pelo cantor de folk britânico Mick Softley. Conta a história de Dan, um soldado que foi enviado para o Vietnã e lá tem um pesadelo com um guerra nuclear que destrói o planeta. A música aparece no álbum de Softley “Songs for Swinging Survivors”, mas foi o cantor Donovan que a popularizou em 1965.

Trecho: Deixe-me contar a história de um soldado chamado Dan / Saiu para combater o bom combate no Vietnã do Sul / Saiu para lutar pela liberdade, paz e tudo / Saiu para lutar pela igualdade, espero, vamos.

2- For What It’s Worth

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For What It’s Worth é uma música composta por Stephen Stills e gravada pela banda norte-americana Buffalo Springfield, lançada em 1967. Apesar da canção ter se tornado mundialmente um símbolo de uma época turbulenta, particularmente com relação a Guerra do Vietnã, Stills explicou que ela foi feita por ter presenciado confrontos entre a polícia e jovens hippies na Califórnia.

Trecho: A linha de batalha esta desenhada / Ninguém está certo se todos estiverem errados / Jovens falando em suas mentes / Eu tenho muita resistência na retaguarda.

3- The Unknown Soldier

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The Unknown Soldier é o primeiro single do álbum “Waiting for the Sun”, da banda The Doors, lançado em 1968. A canção consiste na reação de Jim Morrison à Guerra do Vietnã e à forma como este conflito era abordado pela mídia norte-americana. Aborda a maneira como as notícias eram apresentadas a população em geral, onde as pessoas, fossem crianças ou adultos, eram levadas a acreditar incondicionalmente no que lhes era transmitido.

Trecho: Café da manhã onde as notícias são lidas / Televisão alimenta crianças / Não-nascidos vivendo, mortos-vivos / Bala atinge a cabeça sob o capacete.

4- War

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War é uma canção escrita por Norman Whitfield e Barrett Strong em 1969. A música que se tornou um hino de protesto contra a Guerra do Vietnã foi gravada, originalmente, pela banda The Temptations, mas se popularizou na voz de Edwin Starr. Aliás,  a versão de Starr era muito mais vibrante do que a original e traduzia, na sua voz, toda a raiva e desgosto do movimento anti-guerra.

Trecho: Oh guerra, é um inimigo para toda a humanidade / O pensamento de guerra sopra minha mente / Guerra causou agitação na geração mais jovem / Indução, a destruição então quem quer morrer.

5- Masters of War

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Masters of War é uma canção de Bob Dylan, escrita durante o inverno de 1962 e 1963 e lançada no álbum “The Freewheelin Bob ‘Dylan”, na primavera de 1963. Mais do que uma música contra a Guerra do Vietnã, a letra faz uma crítica à corrida armamentista no início da década de 1960, em plena Guerra Fria.

Trecho: Venham seus senhores da guerra / Vocês que constroem as grandes armas / Vocês que constroem os aeroplanos da morte / Vocês que constroem todas as bombas / Vocês que se escondem atrás das paredes.

6- The Star-Spangled Banner

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The Star-Spangled Banner foi uma “homenagem” instrumental de Jimi Hendrix no último dia do festival Woodstock, em 1969. Trata-se do hino nacional dos Estados Unidos tocado na guitarra de Hendrix. Porém, o que parecia uma homenagem a nação, logo se mostrou um protesto quando o grande guitarrista adicionou efeitos da guitarra, simulando  o barulho de bombas, metralhadores, sirenes, aviões e todo o caos representativo da guerra.

7- Machine Gun

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Machine Gun foi gravada também por Hendrix, meses após o festival de Woodstock. A guitarra, o baixo e a bateria simulam, em determinado momento, os disparos de uma metralhadora. A música culpa os “homens malvados” dos governos por forçarem os soldados a terem que matar uns aos outros. A igualdade entre os povos é ressaltada, em detrimento de posicionamentos políticos e ideológicos.

Trecho: Do mesmo modo que você atira em mim, baby / Você logo receberá o mesmo / Três vezes a dor / E a culpa é sua / Hey, metralhadora.

8- I Feel Like I’m Fixin to Die Rag

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I Feel Like I’m Fixin to Die Rag é uma música torcada por Country Joe McDonald no festival Woodstock. McDonald foi veterano da Guerra do Vietnã. Porém, ao contrário da maioria das músicas de protesto, que tratavam o tema de forma sombria, esta era carregada de ironias. Menos na última estrofe, onde Joe, de forma provocativa, diz que os pais receberãos seus filhos dentro de um caixão.

Trecho: Vamos lá mães de todos os lugares / Envie seus filhos para fora antes que seja tarde / Voce pode ser o primeiro em seu quarteirão /A ter seu menino de volta para casa em um caixão.

9- Fortunate Son

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Fortunate Son é uma música criada por John Fogerty e Doug Clifford, vocalista e baterista, respectivamente, da banda Creedence. Ambos serviram ao exército entre 1966 e 1967 e perceberam que filhos ou parentes ligados ao alto escalão militar norte-americano conseguiam escapar do serviço militar. E a letra da canção critica esta atitude, em nome daqueles menos afortunados que deveriam ir à guerra.

Trecho: Não sou eu, não sou eu / Eu não sou filho do senador, não / Não sou eu, não sou eu / Não sou nenhum felizardo, não

10- Give Peace a Chance

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Give Peace a Chance é uma música composta por John Lennon em conjunto com Timothy Leary, Allen Ginsberg, Tommy Smothers e Dick Gregory. A letra, relacionada a temas e pessoas que estavam em evidência à época, contava com um refrão que se tornaria o grito dos pacifistas. Contrariamente aos assuntos que as pessoas falavam, tudo o que aqueles desejavam era uma chance à paz.

Trecho: Dois, um, dois, três, quatro / Todos estão falando sobre / Bagismo, Shaguismo, Draguismo, Madismo, Ragismo, Tagismo / Esse ismo, Aquele ismo, ismo, ismo /Tudo o que estamos dizendo é dê uma chance a paz.