Neste resumo, você vai aprender sobre a Pré-História Brasileira e as Diferentes Culturas, povos que viviam no litoral e no interior do território. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros
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Aspectos gerais
De acordo com os pesquisadores, foi no continente africano que surgiram os primeiros seres humanos. Da África, nossos ancestrais deslocaram-se para outras regiões do planeta, ocupando os mais variados ambientes no decorrer de milhares de anos. Uma destas regiões foi a América.
Há várias hipóteses sobre a ocupação humana da América. A mais aceita afirma que os primeiros seres humanos chegaram ao continente pelo norte da Ásia, através do Estreito de Bering. Dentro dos estudos arqueológicos desenvolvidos na América, o Brasil concede uma significativa contribuição proveniente de seus diversos sítios arqueológicos.
Estes vestígios fazem parte da Pré-História Brasileira, sendo que ela possui características e datações que diferem da pré-história em outras regiões do planeta.
Arqueologia brasileira
No Brasil, a presença humana está documentada no período situado entre 11 e 12 mil anos atrás. Porém, novas evidências têm sido encontradas que comprovariam ser ainda mais antiga esta ocupação. No Boqueirão da Pedra Furada, no Piauí, um grupo de arqueólogos notificou a presença de facas, machados e fogueiras com cerca de 48 mil anos de existência.
Na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, é o local onde está registrado uma das mais notórias descobertas da arqueologia nacional. Trata-se do crânio feminino, apelidado de Luzia, que existiu há cerca de 11.500 anos. Os arqueólogos dividem os antigos habitantes de nosso país em três grupos, de acordo com a sua forma de viver e ferramentas. Assim, temos os povos caçadores-coletores, os povos do litoral e os povos agricultores.
Estes grupos seriam, posteriormente, denominados pelos conquistadores europeus de índios.
Povos caçadores-coletores
Os povos caçadores-coletores ocuparam boa parte do território nacional, do Sul ao Nordeste, entre 50 mil e 2500 anos atrás, aproximadamente. No geral, viviam em cavernas, em espaços abertos ou florestas. Usavam, para caçar, arcos e flechas, boleadeiras e instrumentos de pedra em forma de bumerangue.
Estes povos se alimentavam da carne da caça de pequenos animais, peixes, moluscos e frutos silvestres. No Nordeste, eles habitaram cavernas e deixaram grande quantidade de arte rupestre. Estas pinturas representavam figuras humanas, cenas de caça, danças e guerras.
No Sudeste, os povos caçadores-coletores são denominados de tradição Humaitá. No Sul, são chamados de tradição Umbu.
Povos do litoral
Os povos do litoral habitaram a costa do Brasil, desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul, há cerca de 6 mil anos atrás. Eram povos coletores, mas sua dieta se baseava, principalmente, na abundância de alimentos que coletavam na orla marítima, como peixes, moluscos e crustáceos.
Eles usavam o fogo e, devido à grande oferta de comida, fixavam-se em muitos lugares sem a necessidade de constante deslocamento. Fabricavam arpões e anzóis de ossos e poliam seus instrumentos. Alguns arqueólogos acreditam que as conchas dos moluscos que comiam e os instrumentos que utilizavam iam se amontoando, criando enormes dunas de conchas chamadas de sambaquis, ou concheiros.
Outros arqueólogos afirmam que os sambaquis eram construídos propositalmente. Estes concheiros também eram utilizados como local onde enterravam seus mortos. Estes assentamentos marcaram a Pré-História Brasileira.
Povos agricultores
Os povos agricultores ocupavam várias regiões do país, entre 3500 e 1500 anos atrás, aproximadamente. No geral, habitavam em cabanas ou casas subterrâneas. Estes povos conheciam a cerâmica, os corantes, compostos medicinais naturais, plantavam mandioca e praticavam a coivara, ou seja, queimadas para limpar a terra.
A mais conhecida cultura cerâmica deste grupo é a cerâmica marajoara, da Ilha de Marajó. Esta cerâmica apresenta decoração e tamanho peculiares. No Rio Grande do Sul, os povos agricultores eram chamados de itararés. No litoral Sudeste e Nordeste, eram conhecidos como tupis-guaranis.
Foram estes os povos que entraram em contato com os portugueses, quando estes chegaram ao Brasil. Muitos foram escravizados e uma boa parte morreu decorrente de guerras e doenças trazidas pelos europeus.
Na Amazônia entre 1000aC e 1500 desenvolveram-se caciados complexos identificaveis por cêramicas de dois tipos:
1)A do Horizonte Policrômico: No baixo Amazonas (Marajoaras) medio amazonas (guaritas) e no alto Amazonas fora do Brasil,
é caracterizada pelas cores vermelha , branca e preta e por incisoes rasas e desenhos geometricos. Antepssado dos povos de fala tupi!
2) Horizonte Inciso Ponteado. Entre os sítios Santarém (Tapajônicos,Baixo Amazonas) e Itacoatiara (Médio Amazonas), é caracterizado pelas incisões profundas e pela técnica de ponteação, associado aos antepassados dos povos de língua Karib.
Isto aqui está bem legal, para quem quiser mais detalhes (wikipedia portugesa)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_pr%C3%A9-cabralina_do_Brasil
Michel, vc lembra daquela questão que você postou da semelhança entre Grécia e Xingu, pois bem, as tais cidades do Xingu citadas na questão se referiam aos Kuhikugu, ancestrais dos kuikuros atuais, descobertas por um arqueologo xará teu: M Heckenberger
é verdade samara
eu tb amo!!!!!!!!!!!!!!!!!
eu amo história
amooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!…
FOI MUITO IMPORTANTE PRA MIM ESTE CONTEÚDO ME AJUDOU BASTANTE NAS MINHAS PESQUISAS.
Cadê o podcast??????
Havia uma versão em áudio dos resumos. Mas a qualidade ficou tão ruim que resolvemos tirar. Agora, resta editar resumo por resumo no slideshare para retirar o aviso de podcast (.mp3).
Devia ter mais assuntos pra pesquisarmos nao é?
O que você sugere?
Michel ha este site aqui, mas ele é um pouco truncado.
http://www.viafanzine.jor.br/arqueologia4.html
Nao entendi bem se tapajonico e marajoara sao a mesma cultura com pequenas diferenças devidas a localizacao um na ilha Marajó e a outra na foz do rio Tapajós ou se elas se diferenciavam no tempo sendo os tapajonicos atuantes entre 1500 aC e 1000aC e depois sumindo enquanto os marajoaras pérmaneceram até europeus chegarem.
Muito legal, prof Michel.
Pensava que os tupis tivesem começado sua expansao na bacia do Alto Paraguai. A crença na Terra sem Males os motivaram a migrar até litoral brasileiro? O litoral brasileiro antes da chegada do europeu era uma Terra sem Males comparado com de onde vinham? O canibalismo tupi era só uma questao de crença ou havia alguma carencia de nutriente por aqui. Em Pascoa foi por isto. Entre astecas era algo relacionado a perda de energia do deus criador ter que ser reposta. Em regiao central montanhosa de Papua Nova Guine já se aventou algo assim (pobreza de fontes de proteina animal em regiao de alta densidade demografica nativa
Tenho muitas duvidas…
O povo de Luzia pode ser enquadrado em algunm destes 3 grupos?
De onde começa a expansao dos tupi-guaranis?
O que é a crença tupi da “Terra sem males”?
Qual a relacao se é que havia alguma entre tapajônicos e marajoaras?
Eu tenho pesquisado muito e também tenho muitas dúvidas. Aliás, o mal do arqueólogo é a incerteza. Afinal, Guidon datou vestígios de 50 mil anos no Piauí, sem material ósseo e Lund datou material ósseo de 11500 anos em Minas Gerais sem vestígios. Tá de brincadeira…
Em relação às perguntas, acredito que Luzia, por fazer parte dos primeiros povoadores, não se encaixa em nenhum daqueles grupos. A expansão tupi-guarani parece ter iniciado com a vinda dos primeiros grupos humanos da América Central. A Terra sem Males é um mito de criação guarani, muito semelhante ao mito de criação judaico – há o elemento do dilúvio, da arca e do paraíso celestial. Tapajônicos eu nunca ouvi falar.