Neste resumo, você vai conhecer sobre a Revolução Russa, os motivos que levaram a uma revolução na Rússia, a ascensão do socialismo naquele país e a fundação da União Soviética. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros
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Antecedentes
A Revolução Russa foi uma revolução que ocorreu na Rússia, em 1917, e culminou com a instalação de um novo sistema político naquele país: o socialismo. O socialismo implantado na Rússia teve como modelo o socialismo científico de Karl Marx. Segundo suas teorias, no estado socialista seria abolida a propriedade privada.
Marx via o estado como um instrumento da burguesia para dominar os trabalhadores. Assim como o socialismo eliminaria as classes sociais, o estado se tornaria desnecessário. A partir de então, seria iniciada a construção do comunismo, momento em que todos os seres humanos seriam livres e iguais.
Marx acreditava que seus princípios seriam aplicados em países de alto grau de industrialização. Ironicamente, a Rússia era um país predominantemente agrícola.
A sociedade russa
Antes de 1917, a Rússia era governada por um czar, imperador que detinha poder absoluto. A grande maioria da população estava ligada direta ou indiretamente à terra. Apesar de ser um país agrícola, as condições de vida dos camponeses eram péssimas, a maioria vivia em casebres, em condições sociais e econômicas miseráveis.
A maior parte da pequena indústria existente na Rússia se encontrava nas mãos dos estrangeiros. As condições de vida dos operários não era melhor que a dos camponeses. Com relação às outras classes, quanto mais elevado seu nível na pirâmide social, mais privilégios desfrutavam.
A sociedade russa apresentava, portanto, a forma de uma pirâmide. Na base havia os camponeses e operários, seguidos pelos burgueses, militares, clero, governantes e, no topo, a família imperial.
Causas
A situação da Rússia se agravou após a Guerra Russo-Japonesa, de 1904 a 1905. A derrota diante dos japoneses mostrou a deficiência do estado russo e afundou o país em uma grande crise econômica. A crise aumentou o descontentamento de diversos grupos sociais contra o czar. Começaram a surgir greves e protestos, que eram duramente reprimidos pela polícia.
Em um domingo de janeiro de 1905, na cidade de São Petersburgo, um grupo de pessoas foi morta por tiros de fuzil. Este episódio ficou conhecido como Domingo Sangrento. O czar, tentando diminuir as tensões sociais, criou a Duma, espécie de Assembleia Legislativa. As quatro dumas eleitas entre 1905 e 1912 foram de tal maneiras pressionadas pelo czar que pouco puderam fazer.
O autoritarismo do czar, a derrota na guerra russo-japonesa, a crise econômica e a repressão foram fatores que contribuíram para a aceitação de ideias socialistas. A revolução assumiu uma fase burguesa e uma fase socialista.
A fase burguesa
A entrada da Rússia na Primeira Guerra Mundial aumentou o descontentamento da sociedade e estimulou o processo revolucionário. O país não tinha condições de participar de uma guerra e sofreu muitas perdas. Em 1915, o czar Nicolau II resolver assumir pessoalmente o comando do exército, abandonando o governo nas mãos da imperatriz Alexandra e de Rasputin, um monge astuto no qual a imperatriz confiava cegamente.
A situação social e econômica se agravou, surgindo uma série de greves e protestos por todo o país. Exigiam o fim do czarismo. A polícia e o exército acabaram aderindo ao movimento. O poder do czar foi diminuindo. Dois governos foram criados: o primeiro, por deputados que faziam parte da Duma; o segundo, chamado de Soviete, formado por soldados, operários e camponeses.
Diante dos protestos, o czar abdicou. Um governo provisório foi criado e dirigido pelo príncipe Lvov. Este governo foi dominado pela burguesia russa.
Os grupos políticos
A participação da Rússia na guerra fracassou, gerando manifestações contra o novo governo. O governo provisório de Lvov foi substituído por Kerenski. A crise do provocou uma grande instabilidade política no país, que se dividiu em três tendências: o partido democrático constitucional, mencheviques e bolcheviques.
O partido democrático constitucional representava a burguesia e a nobreza liberal, favoráveis a continuação da guerra e o adiamento de reformas sociais e econômicas. Os mencheviques eram contrários à guerra, mas não admitiam a derrota da Rússia. Em outras questões permaneciam divididos e indecisos, perdendo importância política.
Os bolcheviques defendiam o confisco das grandes propriedades, o controle operário das indústrias e, acima de tudo, a paz imediata com a Alemanha. O grupo que assumiu o controle da Revolução Russa.
A fase socialista
Em 1917, o movimento revolucionário tomou novo impulso. Lenin assumiu a liderança da revolução e defendia a tomada do poder pelos operários e camponeses. Além disso, Lenin defendia a substituição do exército permanente pelo povo armado, a nacionalização das terras, a abolição da polícia e da burocracia estatal.
A partir de agosto de 1917, os bolcheviques passaram a dominar os principais sovietes da Rússia e a preparar uma insurreição. Em outubro, os bolcheviques obrigaram Kerenski a renunciar. O poder foi confiado a Lenin, através do Conselho de Comissários do Povo.
Este conselho promoveu uma série de mudanças no país. Aboliu o antigo regime na Rússia, confiscou fábricas e propriedades rurais e criou a Guarda Vermelha para proteger o novo regime socialista.
A revolução
Sob a direção de Lenin, os bolcheviques deram início à transformação da Rússia. Para recuperar a economia do país, Lenin criou a Nova Política Econômica (NEP), em 1921. Vários países que tinham se separado da Rússia durante a revolução voltaram a se reintegrar e formaram, em 1922, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A Rússia passou a se chamar União Soviética.
Com a morte de Lenin, em 1924, Stalin e Trotski, dois importantes líderes da revolução, passaram a disputar o poder. Stalin defendia a ideia de que a União Soviética deveria construir e fortalecer o socialismo, e só depois exportá-lo.
Trotski, por sua vez, achava que a revolução socialista deveria ocorrer em todo o mundo capitalista, pois o socialismo não poderia sobreviver isolado. Essa disputa marcou a Revolução Russa.
O governo Stalin
Em 1928, Stalin venceu a disputa e a União Soviética ingressou na fase do planejamento econômico. Foi a época dos chamados planos quinquenais. Os planos se sucediam de cinco em cinco anos e transformaram a União Soviética em uma potência industrial.
O governo de Stalin, que durou de 1928 a 1953, ficou caracterizado como uma ditadura, sendo que Stalin utilizava da violência para forçar a coletivização da terra. Stalin perseguiu implacavelmente os seus opositores, a começar por Trotski. Este foi banido da União Soviética e assassinado em 1940, a mando de Stalin.
Alguns de seus inimigos políticos eram isolados nos chamados gulags, campos de trabalho forçado que existiam no gelado território soviético.
Consequência
A Revolução Russa foi um marco na história da humanidade, talvez tão importante quanto a Revolução Francesa. A tomada de poder pelos bolcheviques inspirou outros países a adotar o socialismo. Isto ocorreu em Cuba, na China, Coréia do Norte, entre outros.
Após a Segunda Guerra Mundial, a União Soviética passou a exercer influência decisiva no cenário político mundial. Esta influência foi disputada com os Estados Unidos, na chamada Guerra Fria, que durou até 1991. Neste ano, acabou o socialismo na União Soviética.
Quando as classes sociais deixassem de existir , não haveria mais necessidade de Estado, segundo Marx. Isto está certo. O brabo é que as classes sociais parece que existirão para sempre, enquanto houver grupos de mais de 10000 humanos. Portanto Estado existirá pra sempre. Foi o que se viu na propria Russia pos-revolução, o Estado, ao inves de se tornar cada vez mais desnecessario, se tornou cada vez mais necessario à manutenção do regime. A diferença era que o Estado sovietico era o instrumento do Politiburo ao invés de ser dos ricaços, como nas “democracias” ocidentais.
Segundo Marx, no estado socialista seria abolida a propriedade privada DOS MEIOS DE PRODUÇÂO. Cada cidadão socialista ainda seria dono das cuecas que usava, não poderia ser dono de máquinas produtoras de cuecas. Ou dono do lucro de suas vendas.
Já Stalin, uma vez conseguido seu poder absoluto após expurgos, assassinato de Trotsky e vitoria sobre Alemanhha, concordou com os termos em Yalta. Stalin entendeu o recado do cogumelo atômico sobre o Japão e se esforçou apenas para consolidar seu poder sobre os países-satelites conforme o combinado. Desestimulou os partidos comunistas pelo mundo fora da cortina de ferro e desfez a Internacional Socialista. Manter seu quinhão do mundo já era um desafio esmagador. E a partir daí URSS só mexeu uma palha (só deu ajuda significativa) para movimentos comunistas que praticamente já tinham realizado a vitória por si mesmos (Coreia, China, e Cuba). No Vietnam, a ajuda chinesa foi mais significativa que a ajuda da URSS. Já na epoca de Stalin, governo sovietico via a dificuldade de administrar a competição com as “democracias” capitalistas, porque o capitalismo é ótimo gerador de riqueza e pessimo distribuidor, mas o socialismo é ótimo distribuidor de riqueza e pessimo gerador.
Será que se o comando do Partido tivesse caído nas mãos de Trotstky o socialismo teria uma vida mais longa?
NAO. Trostky queria espalhar a Revolução pelo mundo muito mais que Stalin. Trostky tinha o raciocinio correto de que se houvesse um país não-comunista no mundo para onde os capitalistas e seus capitais pudessem se mandar, a Revolução sempre correria risco.
Por outro lado, em sua luta contra Stalinistas, ele não titubeou de se aliar com nazistas! Sendo ele o dirigente inconteste da URSS durante a 2a GG, não faria a oposição frontal que o Bigodão fez ao Bigodinho , que aliás foi o verdadeiro motivo para a derrota alemã. Sr. Cavanhaque se coligaria ao Bigodinho, ao Mussa e ao Japão, mesmo com prejuizo economico para URSS e mesmo com a diferença enorme de ideologia. O pacto de partilha da Polonia se ampliaria para uma guerra contra as democracias capitalistas. Hitler e Hiroito teriam todo petroleo necessario para incendiar o mundo em blitzkrieg.
Muito obrigada! Esse texto me ajudou demais, a linguagem é boa de bom entendimento para nós jovens. Agora só vou procurar nesse site. Mais uma vez obrigada
muito bom me ajudou muito obrigado bjssssssssss
Bgd, me ajudou muito no seminário que vou apresentar com meus amigos *-* ! Só tinha textos longos e cansativos na web… Mais uma vez obrigada
Se refletirmos. Veremos que a denominação “Revolução” é bem controversa, mas foi a que se consagrou.
“Golpe Bolchevique” ou “Comunista” também é, na minha opinião, aceitável.
Sim, até porque a história é escrita sob pontos de vista bem diferentes. Para alguns, um golpe; para outros, uma revolução.
Muito interessante s colocações, pois a historiografia, apesar do esforço, não é neutra. Mas também é preciso pensar pelo ponto de vista do entendimento de conceito. Revolução quase sempre é utilizado quando uma tomada de poder é acompanhada da mudança dos grupos (sociais e econômicos) que exercem o poder político, enquanto golpe, apesar da tomada de poder, é quando o fato não gera grandes mudanças estruturais. Dessa forma, justifica-se o fato da Revolução Russa e a Francesa serem tomadas como tais. Assim também, justifica a mudança de posicionamento quanto a nomeação da “Revolução de 1930” no Brasil, esta vem sido sido revista e tratada como golpe.
Será que se o comando do Partido tivesse caído nas mãos de Trotstky o socialismo teria uma vida mais longa?
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