Neste resumo, você vai conhecer os motivos que levaram alguns países da Europa a cruzar os mares na Expansão Marítima. Você vai aprender sobre os principais navegadores. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros

Antecedentes

Expansão Marítima foi um movimento que ocorreu na Europa, a partir do século XV, quando países europeus se lançaram na conquista dos mares. Vários fatores estimularam a conquista dos mares, entre eles a catequese, pois os navegadores católicos desejavam expandir a fé cristã, sendo que alguns deles adotavam esta expansão como verdadeira missão pessoal.

Além disso, as tecnologias de navegação estavam em grande grau de avanço. Alguns inventos, como bússola, astrolábio e a caravela tornavam as viagens mais seguras. Os reis desejavam conquistar novas terras, base do mercantilismo europeu na época. A criação de colônias podia significar aumento das riquezas e a possibilidade de acumular metais preciosos.

Enfim, podemos destacar a busca por especiarias, ou seja, temperos como canela, cravo e pimenta-do-reino que custavam caro e foram uma das principais causas da expansão marítima.

Rotas das especiarias

No decorrer do século XV, as rotas mais conhecidas para buscar especiarias eram a rota por terra ou via Mar Mediterrâneo. A rota por terra era dominada, geralmente, por árabes muçulmanos. Além disso, o percurso era muito grande, o que desestimulava a burguesia.

A rota pelo Mar Mediterrâneo era dominada pelos italianos – especialmente as cidades marítimas de Gênova e Veneza. Assim, cabia aos navegadores buscar uma rota alternativa. A escolha foi o Oceano Atlântico.

Riscos de navegação

Navegar no Oceano Atlântico não era tarefa fácil. Este oceano era conhecido como Mar Tenebroso, pois havia a ideia de que era habitado por monstros marinhos. Além disso, alguns acreditavam na ideia da Terra Plana. Assim, em determinado ponto da viagem, as embarcações cairiam em um abismo sem fim.

Além das superstições, os navegadores enfrentavam outras ameaças. Problemas como fome, sede, doenças, tempestades e até motins ofereciam perigos reais. Desta forma, das embarcações que partiam, poucas retornavam.

Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições. Para começar, Portugal foi uma das primeiras monarquias nacionais da Europa. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. Este país tinha o litoral voltado para o oceano Atlântico.

As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar.

Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo um centro de estudos: A Escola de Sagres.

Navegações portuguesas

As condições apontadas anteriormente favoreceram a conquista dos mares pelos portugueses. Neste contexto, vários navegadores lusitanos se destacaram. Bartolomeu Dias chegou ao sul da África em 1488, no local denominado Cabo das Tormentas. Este local foi, futuramente, denominado Cabo da Boa Esperança.

Vasco da Gama foi o primeiro navegador a atingir a Índia, em 1498. Trouxe um grande carregamento de especiarias. Pedro Álvares Cabral veio ao Brasil, em 1500, antes de seguir até a Índia. A ideia predominante atualmente é que esta vinda ao Brasil foi intencional.

Navegações espanholas

A Espanha entrou atrasada em relação à Portugal na conquista dos mares, pois estava expulsando os muçulmanos de seu território, na chamada Reconquista. Conscientes deste atraso, os reis católicos Fernando e Isabel contrataram navegadores espanhóis e de outras nacionalidades para navegar em nome da coroa espanhola.

Cristóvão Colombo era genôves, mas navegou em nome da coroa espanhola. Propôs a chegada na Índia navegando em sentido Oeste, mas acabou alcançando a América, em 1492. Fernão de Magalhães era português, mas navegou pela Espanha. Comandou a expedição que efetuou a primeira circunavegação do planeta, partindo em 1519.

Hernán Cortés conquistou a civilização asteca, em 1519, no atual México. Francisco Pizarro, por sua vez, conquistou a civilização inca, em 1532, no atual Peru.

Divisão do mundo

A expansão marítima gerou uma disputa, entre Portugal e Espanha, pelas terras da América, chamada de Novo Mundo. Para dividir as terras conquistadas, foram criados dois documentos. A Bula Intercoetera foi assinada em 1493, pelo papa Alexandre VI, e dividia as novas terras através de um meridiano situado a 100 léguas da ilha de Cabo Verde.

Portugal não se beneficiava com esta divisão, e exigiu um novo documento. Assim, em 1494, foi assinado o Tratado de Tordesilhas, que estabelecia um meridiano situado a 370 léguas de Cabo Verde. Vale ressaltar que estes documentos foram questionados por outros países europeus – como França, Holanda e Inglaterra – que não participaram desta divisão.