Confira um resumo sobre os Regimes Totalitários e a Ascensão do Nazi-Fascismo, as características do nazi-fascismo, a tomada de poder na Itália e Alemanha e o fascismo na Espanha. Ao terminar de ler, confira outros recursos para você aprender mais, como videoaulas, questões, mapas mentais, dentre outros.

Antecedentes

Após a Primeira Guerra Mundial, a Europa mergulhou em uma grande crise econômica. Esta crise afetou principalmente a Itália e Alemanha. O governo destes dois países não conseguia melhorar a situação do povo. Havia muita misérias e altos índices de desemprego entre a população.

Surgiram, então, dois líderes, Mussolini e Hitler, que achavam que a democracia não funcionava. Segundo eles, seus países deveriam ter um governo forte. Impondo-se pela força, estes líderes implantaram regimes totalitários: o fascismo por Mussolini, na Itália, e o nazismo por Hitler, na Alemanha.

Totalitarismo significa a presença de um estado forte, cujo poder central tem autoridade absoluta. Esta ideologia defende que o indivíduo deve viver em função do estado.

Características

O nazismo e o fascismo tinham várias características em comum. Ambos eram militaristas, ou seja, acreditavam na guerra como fator de grandeza e prosperidade. Estes regimes eram ultranacionalistas, exaltavam tudo que era próprio da nação. Toda a política interna estava ligada ao desenvolvimento do poder nacional.

Eram unipartidaristas, ou seja, admitiam a existência de um só partido. Para isso, enfraqueceram o poder legislativo, controlaram a propaganda e a imprensa e implantaram regimes ditatoriais. Os dois regimes promoviam o culto da personalidade de seus líderes e suas realizações. Mussolini recebeu o título de Duce e Hitler recebeu o título de Führer. Estes títulos tinham o significado de “grande chefe”.

Ambos também eram caracterizados pelo anticomunismo, ou seja, desprezo pelas ideologias de esquerda, governos de origem socialista, movimentos operários, greves e sindicatos.

Racismo e expansionismo

O nazismo apresentava duas características que não se manifestaram de forma tão forte no fascismo: o racismo e o expansionismo. O racismo estava caracterizado na ideologia da raça ariana, ou germânica, considerada a única raça pura existente. Através deste princípio, Hitler promoveu o antisemitismo, que se manifestou através do ódio, perseguição, tortura e extermínio dos judeus.

Hitler via nos judeus um fator de corrupção do povo alemão. Além disso, ele atribuía aos judeus a culpa pelos problemas econômicos na Alemanha. O expansionismo, por sua vez, foi caracterizado pela conquista de novas terras, justificado pela necessidade do lebensraum, ou espaço vital, para que a raça ariana pudesse se desenvolver.

Fascismo

Benito Mussolini reorganizou o Partido Fascista Italiano e recebeu o apoio de industriais, comerciantes e proprietários de terras. Em julho de 1922, usando de muita violência, os fascistas conseguiram evitar uma greve geral decretada pelos partidos de esquerda. Por isso, foi um dos regimes totalitários.

Em outubro de 1922, ocorreu a Marcha sobre Roma, ocasião em que milhares de fascistas, conhecidos como camisas-negras ocuparam a cidade de Roma. Mussolini foi primeiro-ministro italiano até 1925. Neste mesmo ano, anunciou o estabelecimento de um regime autoritário de governo.

A oposição foi eliminada e a Constituição foi reformada. Desapareceram o Senado e a Câmara, e Mussolini se tornou ditador absoluto da Itália com o título de Duce.

Tratado de Latrão

Durante os 21 anos em que esteve no poder, Mussolini conseguiu resolver problemas praticamente insolúveis na Itália. Exemplo disso foi a crise entre o estado italiano e o papado devido à perda de territórios da Igreja por ocasião da Unificação Italiana.

Mussolini resolveu o problema com o Tratado de Latrão. O papado recebeu uma compensação financeira e teve permissão para criar o Estado do Vaticano, dentro de Roma. Esta foi uma grande jogada política de Mussolini, pois atraiu os católicos para o seu partido. No entanto, ele continuou mandtendo estreita vigilância sobre as publicações da Igreja.

Nazismo

De 1919 a 1933, a Alemanha foi uma república – a República de Weimar – nascida com a derrota do país na Primeira Guerra Mundial. A República de Weimar enfrentou enormes dificuldades. Apesar de reformas econômicas e sociais, a miséria e o desemprego se abateram sobre a Alemanha.

Além disso, o pagamento de indenização imposto no Tratado de Versalhes era um obstáculo a recuperação econômica. A Crise de 1929 agravou ainda mais a situação. Nestes contexto, Adolf Hitler, líder do Partido Nacional Socialista – ou Partido Nazista – organizou as bases para tomar o poder na Alemanha, prometendo solução para a crise. Foi um dos maiores regimes totalitários.

Em 1933, Hitler foi nomeado chanceler. No mesmo ano, tornou-se ditador absoluto na Alemanha e adotou, como símbolo do partido, uma bandeira vermelha com um círculo branco e a cruz gamada, chamada de suástica.

Holocausto

Até o fim do regime nazista na Alemanha, aproximadamente 5 milhões de judeus foram exterminados. Este grande massacre é conhecido como holocausto. A doutrina anti-semita, pregada pelos nazistas, encontrou um terreno fértil em grande parte da população alemã. Os judeus eram responsabilizados pelos problemas da Alemanha.

Para que os judeus fossem destruídos em escala tão grande, foi montada uma enorme máquina de extermínio. Isto significa que diferentes setores da sociedade alemã participaram deste processo. O processo que levou ao extermínio dos judeus passou por diferentes etapas. No início, passaram a ser isolados em bairros específicos chamados de guetos.

Depois, passaram a ser enviados para campos de concentração, onde faziam trabalhos forçados. Com o tempo, a máquina nazista criou a “solução final“, que consistia na morte dos judeus através de várias formas, como câmaras de gás.

Franquismo

De 1936 a 1939, a Espanha esteve envolvida em um conflito interno conhecido como Guerra Civil Espanhola. A origem desta guerra está na proclamação da República Espanhola, em 1931. Após as eleições de 1931, a República Espanhola passou a ser dirigida por um governo liberal. Esse regime, no entanto, passou a sofrer oposição crescente.

A esquerda se impôs. Em 1936, a república era dominada por uma frente popular composta por republicanos e comunistas. Como reação, as forças mais conservadoras planejavam um golpe militar, liderado pelo general Francisco Franco. Em pouco tempo, a Espanha se dividiu em dois blocos: os partidários de Franco e do exército eram chamados de Nacionalistas. Por sua vez, os partidários do governo eram chamados de Republicanos.

Depois de muitas batalhas, e com apoio de Hitler e Mussolini, os nacionalistas venceram, em 1939. Com apoio do exército e da Igreja, Franco se tornou ditador da Espanha até 1975.

Guernica

Localizada numa região montanhosa, Guernica era uma aldeia basca cuja população não passava de 7 mil habitantes. Era conhecida como grande defensora das liberdades e dos direitos do povo basco. Foi por causa desse amor à liberdade que o general Franco, durante a guerra civil espanhola, com auxílio da aviação alemã, bombardeou a pequena aldeia em 1937.

Indignado com essa cruel experiência que acabou com a vida de centenas de pessoas inocentes, o pintor espanhol Pablo Picasso retratou os horrores do bombardeio no quadro Guernica. O quadro, que mede 8 metros de largura por 3,5 metros de altura, se tornou um símbolo contra as ditaduras e as guerras. Atualmente, se encontra em Madri.

Stalinismo

O stalinismo foi um regime político de caráter autoritário implantado na União Soviética, em 1928, pelo líder comunista Josef Stalin. Com a morte de Lenin, estabeleceu-se uma disputa entre dois líderes, Trótski e Stalin, sobre o destino da revolução socialista que iniciou em 1917.

Trótski defendeu a revolução internacional, enquanto Stalin queria fortalecer o socialismo na URSS. Com a vitória de Stalin, Trótski foi expulso do partido e do país. O governo de Stalin, que durou de 1928 a 1953 ficou caracterizado como uma ditadura, sendo que ele utilizava da violência para forçar a coletivização da terra.

Alguns de seus inimigos políticos eram isolados nos chamados gulags, campos de trabalho forçado que existiam no gelado território soviético. Foi um dos mais terríveis regimes totalitários.