Todos nós sabemos que, a melhor maneira de ter sucesso em provas, vestibulares e concursos, é estudando exaustivamente e praticando muito através da resolução de questões e exercícios. Assim, dentro desta lógica, vamos disponibilizar neste artigo várias questões de história das provas da FGV. As questões foram selecionadas a partir de 2008.

Questões de história da FGV

Para complementar os seus estudos, confira o conteúdo programático completinho para você gabaritar na parte de história da FGV. Perceba que todos os conteúdos contém links para facilitar a vida do candidato que deseja ser aprovado

Questões

Ter o domínio do conteúdo é fundamental e as questões abaixo vão provar o quanto você está preparado para a prova da FGV. Porém, é importante também conhecer a lógica através da criação de provas, o que pode dar a você o diferencial necessário para ser aprovado. Neste sentido, não deixe de ler como resolver questões objetivas.

Questão 1

(FGV-2008) “…se V.A. não socorre a essas capitanias e costas do Brasil, ainda que nós percamos a vida e fazendas, V.A. perderá o Brasil.”
(Carta, de 1548, enviada ao rei de Portugal, pelo capitão Luís de Góis, da capitania de São Vicente)

O documento:

a) mostra que São Paulo e São Vicente foram as duas únicas capitanias que não conseguiram prosperar.
b) alerta a Coroa portuguesa a que mude com urgência a política, para não perder sua nova colônia.
c) revela a disputa entre donatários, para convencer o Rei a enviar auxílio para suas respectivas capitanias.
d) exagera o risco de invasão do território, quando não havia interesse estrangeiro de explorá-lo.
e) demonstra a incapacidade dos primeiros colonizadores de estabelecer atividade econômica no território.

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Resposta: B

Comentário: Esta questão é facilmente resolvida através da eliminação de alternativas. O sistema de capitanias hereditárias não surtiu o efeito esperado pela coroa portuguesa, fazendo com que houvesse uma mudança no sistema de administração do nosso território. Para compreender este processo, leia Resumo: Administração Colonial.

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Questão 2

(FGV-2009) Leia atentamente o poema O Infante, do poeta português Fernando Pessoa.

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.
Deus quis que a terra fosse toda uma,
Que o mar unisse, já não separasse,
Sagrou-te e foste desvendando a espuma.
E a orla branca foi, de ilha em continente,
Clareou, correndo, até ao fim do mundo,
E viu-se a terra inteira, de repente,
Surgir, redonda, do azul profundo.
Quem te sagrou, criou-te português,
Do mar por nós em ti nos deu sinal.
Cumpriu-se o Mar, e o Império se desfez.
Senhor, falta cumprir-se Portugal!

O poema permite pensar sobre dois relevantes acontecimentos históricos, que são, respectivamente:

a) o protagonismo marítimo lusitano nos séculos XV e XVI e a redução do seu império colonial no século XIX.
b) a descoberta do Brasil em 1500 e a perda de territórios no Nordeste e na África com a invasão holandesa no século XVII.
c) a formação do Condado Portucalense, em 1142 e a União Ibérica (1580-1640), período de extinção do império português.
d) a elaboração da idéia do Quinto Império Bíblico, relacionado ao destino de Portugal e, depois, o fortalecimento dos partidos socialistas que tomaram o poder em 1910.
e) a invasão de Portugal por tropas napoleônicas em 1808, comandadas pelo general Junot, e a vinda da família real portuguesa para a América, no mesmo ano.

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Resposta: A

Comentário: Questão relativamente simples, os primeiros trechos do poema abordam claramente as empreitadas de navegação dos séculos XIV e XV, que tiveram como pioneiros Portugal e Espanha. Ao final, o trecho “e o Império se desfez” ajuda a matar a charada. Atenção ao Resumo: Expansão Marítima.

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Questão 3

(FGV-2010) “A revolta paulista, chamada Revolução Constitucionalista, durou três meses e foi a mais importante guerra civil brasileira do século XX (…) Sua causa era praticamente inatacável: a restauração da legalidade, do governo constitucional. Mas seu espírito era conservador: buscava-se parar o carro das reformas, deter o tenentismo, restabelecer o controle do governo federal pelos estados.”
CARVALHO, J.M. de, Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, p. 100.

A respeito da situação política brasileira no início da década de 30, é correto afirmar:

a) A maior parte da oligarquia paulista havia aderido à Revolução dirigida por Getúlio Vargas ansiando por uma modernização no país que envolvesse uma reforma eleitoral, a centralização política federal e o reconhecimento dos direitos trabalhistas.
b) Apesar de derrotada militarmente, a revolta acabou levando à convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com novas regras eleitorais, como o voto secreto que dificultava a ocorrência de fraudes e o direito de voto para as mulheres.
c) A maior parte da oligarquia paulista acabou por articular-se com Luís Carlos Prestes, exdirigente da coluna Prestes-Miguel Costa, que havia aderido ao comunismo e tornara-se a principal liderança política do Partido Comunista.
d) Os paulistas defendiam um amplo programa nacionalista e procuravam garantir o retorno da normalidade democrática quebrada com o movimento revolucionário de 1930, que representava os interesses dos setores oligárquicos dos diversos estados da federação.
e) A Revolução Constitucionalista foi inicialmente uma revolta da oligarquia paulista e sofreu, posteriormente, um processo de radicalização política que levaria à intensificação de greves e manifestações populares em todo o país, em prol da democracia.

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Resposta: B

Comentário: Esta questão trata de um assunto discutido já há bastante tempo na historiografia da Era Vargas: que a Revolução Constitucionalista, apesar da derrota militar, foi vitoriosa em forçar Getúlio Vargas a criação de uma nova constituição para o país. A única alternativa que faz sentido é a letra B. Leia Resumo: Era Vargas.

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Questão 4

(FGV-2011) A história da monarquia inglesa foi marcada por transformações decisivas nos séculos XVI e XVII. Sobre tais mudanças é correto afirmar:

a) Pelo Ato de Supremacia de 1534, o monarca Henrique VIII regularizou o divórcio na Inglaterra e dissolveu o Parlamento, consolidando assim seu poder absoluto.
b) Pelo Ato de Sucessão de 1543, o direito ao trono inglês tornava-se restrito exclusivamente aos herdeiros masculinos.
c) Em 1651, foram promulgados os Atos de Navegação que condenavam o tráfico de escravos e legitimavam as investidas inglesas contra navios negreiros.
d) A monarquia inglesa foi abolida em 1649, durante a revolução liderada por Oliver Cromwell, e foi restaurada em 1660.
e) A Carta de Direitos de 1689 restabelecia os privilégios aristocráticos e o poder absolutista, abalados desde a Revolução Puritana.

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Resposta: D

Comentário: Durante a chamada “Revolução Puritana” (1642-60), durante a Revolução Inglesa, o rei Carlos I foi decapitado e a Inglaterra se tornou uma República com o nome de Commonwealth. Oliver Cromwell governou ditatorialmente de 1653 até sua morte, em 1658. Dois anos depois, a monarquia foi restaurada e os Stuarts voltaram a ocupar o trono.

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Questão 5

(FGV-2012) A atuação do marquês de Pombal como ministro do reino português, a partir de 1755, foi caracterizada pela implementação de um amplo conjunto de reformas. Entre elas, é correto apontar:

a) A afirmação da soberania imperial em áreas como a fronteira sul do Brasil, que culminou em confronto aberto com os jesuítas.
b) A abertura dos mercados metropolitanos e coloniais à livre-concorrência, que se baseava nos princípios do liberalismo econômico.
c) As medidas que visavam estimular o desenvolvimento das manufaturas do Brasil e incrementar o seu mercado interno.
d) A extinção das companhias de comércio que atuavam no Brasil e o restabelecimento do sistema de capitanias controladas por particulares.
e) A diminuição da entrada de escravos oriundos do continente africano e o início de uma política migratória para o Brasil.

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Resposta: A

Comentário: A questão trata dos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, administrados por jesuítas espanhóis. As missões foram cedidas aos portugueses através do Tratado de Madri, de 1750. Os jesuítas espanhóis não aceitaram o domínio português, o que gerou a Guerra Guaranítica, entre 1754 e 1756. Marquês de Pombal acusou os jesuítas portugueses de apoiar os jesuítas espanhóis na guerra. Por este motivo, os jesuítas foram expulsos de Portugal e suas colônias.

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Conclusão

A prova da FGV cobra bastante conteúdo de história do Brasil e exige conhecimento factual. Isto significa que, além de habilidades de interpretação e comparação, é necessário que o candidato tenha conhecimento do conteúdo. Assim, é extremamente importante a leitura atenta e criteriosa do conteúdo programático da prova da FGV. Neste ponto, vem a questão: a prova de história da FGV foge dos conteúdos cobrados no programa? A resposta é: em alguns casos. O programa da FGV cobra conteúdos a partir do final da Idade Média. Porém, já foi cobrado uma questão sobre a pré-história. No entanto, esta situação é exceção, não regra.