No último artigo, abordamos os principais temas de História do Brasil que são cobrados no Enem. A postagem foi escrita com base em uma análise minuciosa de todas as questões do Enem, de 1998 a 2011, o que garante a credibilidade dos dados que foram expostos. Agora, vamos tratar dos temas de História Geral que caem no Enem.

Lembramos que este artigo é mais um de tantos outros já publicados aqui sobre o Enem. Leia todos com atenção! Eles podem ajudá-lo a ter um conhecimento diferenciado que, por sua vez, pode torná-lo mais competitivo na prova.

No artigo anterior, fizemos uma crítica a alguns gráficos que alguns professores andam criando sobre as questões de história no Enem. No geral, estes gráficos apresentam só macrotemas, não fazem uma análise completa e não aprofundam nos temas do Enem que o candidato deve estudar. Se não leu ainda, leia!

Vale lembrar que o Enem cobra mais História do Brasil do que História Geral. Por isso, aprofunde ao máximo nos temas brasileiros. Porém, como nossa história está ligada aos eventos que ocorreram em outros lugares, como Europa e Estados Unidos, é sempre bom ter uma visão histórica mais ampla.

Macrotemas de História Geral

Entendemos como macrotemas são todos os temas inseridos nos períodos históricos apresentados na tradicional linha do tempo. No caso de História Geral, temos Pré-História, Idade Antiga, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Macrotemas de História Geral

Macrotemas de História Geral, de 2009 a 2011

Os gráficos não apresentam nenhuma surpresa no que tange aos macrotemas mais cobrados em História Geral. Na maioria dos editais dos principais vestibulares do país, o conteúdo programático se concentra mais em Idade Moderna e Contemporânea.

Porém, mesmo que não sejam previstas em edital, questões de Idade Antiga, Idade Média ou mesmo Pré-História costumam aparecer, ainda que raramente. Fique ligado nisto e NÃO CONFIE TOTALMENTE nos conteúdos programáticos.

Pelo gráfico dá para perceber que, a partir do novo Enem (2009-2011), o número de questões em Idade Moderna e Contemporânea caiu drasticamente. O número de questões em Idade Antiga e Medieval permaneceu praticamente inalterado.

A redução do número de questões de História Geral se deve ao enfoque maior dado pelo MEC à História do Brasil. Arrisco a dizer que, diante do otimismo econômico brasileiro e o crescimento de nossa relevância internacional, esta tendência tende a se firmar.

Temas de História Geral

Da mesma maneira que explicamos no artigo sobre os temas de História do Brasil, o gráfico abaixo vai apresentar apenas os temas recorrentes, ou seja, que aparecem mais de uma vez no Enem.

Temas de História Geral, de 1998 a 2011

 Temas de História Geral, de 2009 a 2011

A queda do número de questões de História Geral, a partir de 2009, fica ainda mais evidente nestes gráficos. O novo Enem começou a cobrar questões sobre o Absolutismo e Grécia Antiga, o que não havia feito em provas anteriores. Guerra Fria foi cobrada quatro vezes em todas as edições do Enem.

O destaque fica, obviamente, para Revolução Industrial. O tema apareceu em oito vezes em todas as edições do Enem. Porém, a partir do novo Enem (2009-2011),  o tema foi cobrado seis vezes, ou seja, uma média de duas questões por edição! Too many!!!

Bom, este enfoque no tema não surpreende, considerando o desenvolvimento industrial do país e a proliferação de cursos técnicos para atender a demanda. Não esqueça que a história (inclusive nos vestibulares) é escrita a partir de um olhar sobre o presente.

Nem precisa dizer que você deve devorar tudo o que puder sobre o assunto. Aqui no blog, temos um amplo material sobre o tema. Em artigo posterior, vamos tratar da forma como Revolução Industrial é cobrada no Enem. Aguarde!

Conclusão

À priori, os gráficos apresentados podem desestimular um aprofundamento nos temas de História Geral. Porém, vale lembrar que há muitos outros temas que aparecem na prova, ainda que tenham sido cobrados apenas uma vez.

Além disso, a História do Brasil está ligada aos eventos que ocorreram na Europa e Estados Unidos. Isto significa que você deve estar atento ao contexto histórico dos fatos. Por exemplo, para compreender a Inconfidência Mineira (1789), é importante conhecer o iluminismo europeu (séc. XVII e XVIII) e seus desdobramentos.

Nossos resumos de história são apresentados em ordem cronológica, integrando História Geral e História do Brasil, de forma a ajudar o candidato a ter esta visão mais ampla do contexto histórico dos fatos. Leia todos!