Terceiro dia de Campus Party. A loucura continua e a barulheira não dá trégua. O cansaço começa aparecer, afinal, é mais de 12h de trabalho por dia e correria sem parar. Ufa! Mas como não podemos nos deixar abater, vamos seguir com os relatos aqui na Campus, mostrando o que está rolando de legal nas áreas cultural, educacional e, obviamente, nerd.

Vale lembrar que fui convidado pela EducaRede – pertencente a Fundação Telefônica – para cobrir os eventos educacionais na Campus Party, como blogueiro insider (vide barra lateral). Comigo nesta empreitada, estão os amigos Cybele Meyer, do blog Educa Já; e Robson Freire, do blog Caldeirão de Ideias.

Experiências de Educação e Cultura Digital

Palestrantes do tema cultura digital na Campus Party

O debate abordou a maneira como os meios tecnológicos podem favorecer a produção do conhecimento em contextos educativos e as novas possibilidades da cultura digital na educação. Contou com a presença de Bianca Santana, Priscila Gonsales, Luciano Meira, Debora Sebriam e Milada Gonçalves. Vamos a um breve relato dos pontos mais importantes.

Priscila Gonsales

Jornalista com mestrado em Educação, Família e TIC pela Pontifícia Universidade de Salamanca (Espanha), atua na área de Educação desde 1997, principalmente em organizações do 3º Setor. É também pesquisadora do Cenpec e responsável pela coordenação do Programa EducaRede Brasil. Priscila tem participado de todos os grandes debates da EducaRede na Campus Party. Ela destacou a importância das novas mídias, mas também ressaltou que de nada adianta usar estes recursos de maneira tradicional.

Bianca Santana

Jornalista e coordenadora do Projeto Recursos Educacionais Abertos na Casa da Cultura Digital. Bianca questionou o fato do professor, quando usa recursos em suas aulas, como música, vídeos, etc., ser criticado por atentar contra os direitos autorais, uma vez que utilizar com os alunos é considerado exibição pública. Para ela, se assim for, poucas opções restam ao professor para utilizar os recursos digitais, havendo necessidade de mudança nas leis de direitos autorais.

Bianca também destacou dois projetos de produção de texto: o Projeto Folhas e o Projeto FlatWorld Knowledge.

Luciano Meira

É professor adjunto do Departamento de Psicologia da UFPE e pesquisador da Pós-Graduação em Psicologia Cognitiva da mesma instituição. Luciano trouxe vários dados interessantes sobre o uso da internet no Brasil e seu possível impacto na educação. Segundo ele, a maior parte dos acessos à internet do Brasil (45%) é feito em Lan Houses. Foi então que surgiu a ideia de criar a Fun House (Lan House Divertida), ou seja, projetos utilizando jogos na educação.

Ele destacou três projetos fantásticos: WikiGames, Jogos de Realidade Alternativa e Jogos Conversacionais Sociais. Ele citou também a Olimpíada de Jogos Digitais e Educação (OJE), um excelente recurso que torna professores e alunos aliados no processo de ensino e aprendizagem.

Débora Sebriam

Mestre em Engenharia de Mídias para a Educação pela Universidade Técnica de Lisboa, Université de Poitiers e Universidad Nacional de Educación a Distancia. Débora falou de seus projetos utilizando as novas mídias digitais, com turmas de alunos na faixa etária entre 3 e 7 anos. Crianças que não sabiam ler ou escrever, mas que já navegavam na internet. Ao propor os temas e atividades, Débora se surpreendia pois as crianças formavam grupos por conta própria e começavam a se organizar.