Fraternidade, Jovens, Novas Tecnologias: Estes foram os temas que marcaram o início das atividades pedagógicas no Colégio Marista.
Tivemos a presença do Pe. Thiago, que nos apresentou a Campanha da Fraternidade 2013. O tema deste ano é: Fraternidade e Juventude. A exposição deixou claro que há, por parte da Igreja Católica, uma nítida preocupação com a relação entre os jovens e as novas tecnologias.
Esta preocupação vem ao encontro com algumas atitudes no meio eclesiástico. Recentemente, tivemos a criação do perfil do Papa Bento XVI no Twitter. As novas tecnologias – nas quais se inserem as chamadas redes sociais – fazem parte do cenário de mudanças culturais que estamos atravessando.
Portanto, se os jovens dominam estas ferramentas de comunicação, é necessário que, para chegar até eles, também tenhamos domínio das mesmas ferramentas. O sentido desta frase não tem apenas cunho evangelizador, mas também se manifesta nas relações sociais, familiares e educacionais.
O Pe. Thiago desenvolveu o conceito de juventude, de acordo com a Igreja. No Brasil, concentra indivíduos na faixa etária entre 15 e 29 anos. Boa parte deles se enquadra na categoria de nativos digitais, utilizando o termo cunhado por Marc Prensky, referência àqueles que nasceram em um mundo já conectado pelas tecnologias digitais.
De acordo com o padre, estes jovens enfrentam um período de muitas incertezas, instabilidade nas diversas áreas da vida humana. Neste contexto, presenciamos uma inevitável crise de sentido e mudanças de valores, sendo que, muitas vezes, as relações perdem a gratuidade. Prevalece o individual em detrimento do coletivo.
Os laços comunitários necessários para que o indivíduo afirme sua identidade são frágeis, fulgazes, em boa parte por causa do relativismo e do fundamentalismo. Isto gera individualidade nas relações sociais e falta de perspectiva histórica. E, sem o olhar da história, não conseguimos projetar o futuro.
Apesar de todos os desafios impostos por estes novos tempos, o padre foi enfático ao afirmar que há grandes conquistas que surgem deste contexto e que devem ser comemoradas: a valorização da pessoa, a preocupação com a diversidade cultural, o acolhimento da pluralidade, o avanços tecnológicos, entre outras. Aliás, vale ressaltar que estas conquistas são abordadas no conjunto de habilidades e competências do Enem.
A exposição do Pe. Thiago foi um convite para que nós, professores, estejamos abertos a conhecer estas novas tecnologias que boa parte dos jovens dominam. É um caminho a ser percorrido para que tenhamos não um choque de gerações, mas um ambiente colaborativo onde todos acolhem, todos comunicam, todos aprendem.
Deixar um comentário