As páginas dos livros de história estão cheias de nomes de homens poderosos. Líderes, guerreiros, diplomatas. Mas a história não é unilinear. De tempos em tempos, existiram mulheres que disputavam de igual para igual com os homens, no que se refere ao poder. Assim, conheça 10 Mulheres Superpoderosas com Enorme Influência na História.
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Esta lista foi extraída e adaptada do Listverse.
1- Hatshepsut

Busto da Rainha Hatshepsut
Hatshepsut foi uma esposa real, regente e faraó do Antigo Egito. Viveu no começo do século XV a.C, pertencendo à 18ª Dinastia do Novo Império. Nasceu em Tebas, era a filha mais velha do rei Tutmés I e da rainha Ahmose. O seu reinado, de cerca de vinte e dois anos, correspondeu a uma era de prosperidade econômica.
O governo de Hatshepsut é habitualmente apresentado como correspondendo a uma era de paz, mas esta imagem tem sido relativizada por alguns investigadores. Pelo menos duas campanhas militares foram conduzidas durante o seu reinado, uma das quais à Núbia, a qual talvez tenha sido liderada pela própria Hatshepsut.
2- Imperatriz Teodora
Teodora nasceu em 500 e morreu em 548. Foi imperatriz do Império Bizantino e esposa do imperador Justiniano I. Junto com o marido, ela é santa da Igreja Católica Ortodoxa. Com sua ascensão ao trono imperial, Justiniano a fez imperatriz consorte e, aparentemente, a tornou parceira efetiva no exercício do poder.
Com vontade férrea, ela mostrou um notável talento para governar. Na Revolta de Nika, de 532, o povo protestava contra o aumento de impostos. Temendo a reação da população, Justiniano pensou em fugir. Porém, o conselho e capacidade de liderança de Teodora provocou o fim do motim e salvou o império. Ela convenceu Justiniano a usar os impostos para pagar a reconstrução de igrejas, o que o fez querido pelo povo.
3- Imperatriz Wu Zetian
Wu Zetian nasceu em 625 e morreu em 705. Foi a primeira mulher na história da China que ocupou o trono imperial. Embora outras mulheres tenham tido influência sobre o poder, com posição de imperatrizes consortes ou regentes, a Imperatriz Wu foi a única que reinou como soberana, chegando a proclamar a sua própria dinastia. Foi uma das mulheres superpoderosas.
Uma mulher pretender ocupar o posto de Huángdì (Imperatriz) foi motivo de escândalo para muitos dos intelectuais da época, que viam na subida ao trono de uma mulher uma violação das normas do confucionismo. A Imperatriz Wu Zetian tentou calar estas críticas mediante o patrocínio do budismo, promovendo interpretações da doutrina budista que davam legitimidade ao seu reinado.
4- Leonor da Aquitânia

Pintura de Leonor da Aquitânia, Galeria de Gales
Leonor da Aquitânia nasceu em 1122 e morreu em 1204. Foi Duquesa da Aquitânia e da Gasconha, Condessa de Poitiers e rainha consorte de França e Inglaterra. Era a filha mais velha de Guilherme X, o Santo, a quem sucedeu em 1137, e de Leonor de Châtellerault. A sua fortuna pessoal e o seu apurado sentido político fizeram-na uma das mulheres mais poderosas e influentes da Idade Média.
Leonor nasceu na corte mais literata e culta do seu tempo. Era fluente em cerca de oito línguas, aprendeu matemática e astronomia e discutia leis e filosofia a par com os doutores da Igreja. Esta educação, excepcional por ser mulher em uma época em que a maior parte dos governantes eram analfabetos, permitiu-lhe desenvolver espírito crítico e sagacidade política.
5- Isabel I, de Castela
Isabel I nasceu em 1451 e morreu em 1504. Uma das mulheres superpoderosas, foi casada com Fernando, rei da Sicília e herdeiro de Aragão. Por morte de seu meio-irmão, o rei Henrique IV, foi proclamada rainha de Castela. No fim da Reconquista, com a tomada de Granada, a rainha mostrou grande firmeza no governo, tentou converter ao catolicismo os muçulmanos e apoiou Cristóvão Colombo na sua expedição ao Novo Mundo.
Após a descoberta de Colombo, a rainha se interessou pelo bem estar dos americanos nativos. Ordenou que os nativos fossem bem tratados nos territórios controlados pelos espanhóis. Seu legado também tem um lado mais obscuro: favoreceu a inquisição espanhola e foi responsável pela expulsão dos judeus da Espanha, em 1492.
6- Elisabeth I, da Inglaterra
Elisabeth I nasceu em 1533 e morreu em 1603. Foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda, desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Seu reinado é conhecido por Era Dourada, representativo do absolutismo monárquico europeu. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente.
Durante seu reinado, a Inglaterra obteve grandes vitórias militares e evitou uma invasão espanhola. Também conseguiu impedir a deflagração de uma guerra religiosa ou civil no solo inglês. Era considerada defensora dos protestantes. Alguns historiadores a criticam por ter apoiado o tráfico de escravos na Inglaterra.
7- Maria Teresa, da Áustria
Maria Teresa de Áustria nasceu em 1717 e morreu em 1780. Foi a primeira e única mulher a chefiar a Casa de Habsburgo, arquiduquesa da Áustria, rainha da Hungria e da Boêmia. Foi a filha mais velha de Carlos III. Tornou-se a Sacra Imperadora Romano-Germânica quando seu marido foi eleito Sacro Imperador. É considerada um dos “déspotas esclarecidos”, no contexto do Iluminismo e uma das mulheres superpoderosas.
Chefiou um dos Estados mais importantes de seu tempo, governando grande parte da Europa Central. No seu governo, reformou os impostos de maneira a garantir uma renda anual constante para financiar o governo e as forças armadas. Criou uma suprema corte com a função de distribuir justiça e estabeleceu academias militar e de ciências da engenharia. Suas reformas fortaleceram a economia.
8- Catarina II, da Rússia
Catarina II da Rússia, também conhecida como Catarina, A Grande, nasceu em 1729 e morreu em 1796. Foi uma imperatriz e déspota russa. Sob seu governo, o Império Russo expandiu-se, melhorou sua administração e continuou a modernizar-se. O reinado de Catarina revitalizou a Rússia, que cresceu com ainda mais força e tornou-se conhecida como uma das maiores potências européias.
Os seus sucessos dentro da complexa política externa e as suas represálias por vezes brutais em resposta aos movimentos revolucionários andavam de mãos dadas com sua caótica vida privada. Ela causava escândalo frequentemente, devido aos inúmeros amantes que tinha. A estes, elevava o cargo no auge da paixão, e mandava-os para longe quando a paixão se apagava.
9- Rainha Vitória

Rainha Vitória, pintura de 1887
Vitória I nasceu em 1819 e morreu em 1901. Foi rainha do Reino Unido, de 1837 até a morte, sucedendo ao tio, o rei Guilherme IV. O reinado de Vitória foi o mais longo da História do Reino Unido e ficou conhecido como a Era Vitoriana. Este período foi marcado pela Revolução Industrial, pelo Imperialismo inglês e por grandes mudanças a nível econômico, político, cultural e social.
Seu império englobava os seis continentes, controlando regiões como Austrália, Índia, Nova Zelândia, Nigéria, África do Sul e Sudão. Geograficamente, o Império Britânico foi o maior império colonial do séc. XIX e o maior da História. Governou, aproximadamente, 480 milhões de pessoas durante seu reinado.
10- Imperatriz Tseu-Hi
Tseu-Hi nasceu em 1835 e morreu em 1908. Foi imperatriz e regente da China. Seu poder é considerado maior do que a imperatriz Wu Zetian. Ela foi uma líder ambiciosa e conservadora. Se opôs à influência estrangeira e favoreceu a rebelião dos Boxers, em 1900, tornando-se uma das mulheres superpoderosas da região.
Seu governo foi marcado por uma grande crise interna. Enfrentou a Segunda Guerra do Ópio e sufocou a Rebelião Taiping, em um dos conflitos mais sangrentos da História. Sentia um grande ódio pela cultura ocidental, se opondo a qualquer tentativa de reformas políticas e culturais. Ironicamente, no fim de sua vida, mudou de opinião, defendendo a modernização da China.
Prezados, gostaria de saber que autores tratam da vida da Imperatriz Teodora, que autores falam da iconografia presente no mosaico “A imperatriz Teodora e seu séquito” da Igreja de San Vitale em Ravenna. Desde já, obrigada!!!
Acho que faltou Isabel I da Rússia, ela matou toda uma família para assumir o poder e reinou despóticamente, aliou-se a Inglaterra na Guerra dos 7 anos e depois de Ekaterina II foi a grande Czarina russa
Ótima pastagem, parabéns Michel.
Pastagem?
Vou explorar esses assuntos com muito interesse