O livro Histórias Íntimas, de Mary Del Priore, mostra como a sexualidade e a noção de intimidade foram mudando ao longo do tempo, influenciadas por questões políticas, econômicas e culturais, e passaram de um assunto a ser evitado a todo custo para um dos mais comentados nos dias de hoje.

Capa do livro Histórias Íntimas

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O livro foi lançado em 2011 e conta com 256 páginas + caderno de imagens. Ao ler, você vai conferir

  • Em 1566, é dicionarizada na França, pela primeira vez, a palavra erótico. Designava, então, “o que tiver relação com o amor ou proceder dele”. Na pintura, o humanismo colocava o homem no centro do mundo – e não mais Deus -, descobrindo -se os corpos e o nu.
  • Ao desembarcar na então chamada Terra de Santa Cruz, os recém-chegados portugueses se impressionaram com a beleza de nossas índias: pardas, bem dispostas, “suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha alguma”.
  • No início da colonização brasileira, as mulheres tinham de se enfear e os homens precisavam dormir de lado, nunca de costas, porque “a concentração de calor na região lombar” excitava os órgãos sexuais e era considerado pecado.
  • Nos momentos a sós – geralmente no meio do mato, e não em casa, porque chave era artigo de luxo e não era possível fechar as portas aos olhares e ouvidos curiosos –, as mulheres levantavam as saias e os homens abaixavam as calças e ceroulas.
  • A instituição que mais repreendia os afoitos, ironicamente, acabou se tornando o templo da perdição. Nas escuras igrejas, as pessoas poderiam se encontrar, trocar risos e galanteios e até ter relações sexuais, sem despertar suspeitas.