Este filme aborda uma visão de como as pessoas interpretam mal, distorcem ou ignoraram o que veem, a partir de diversos pontos de vista acerca de um homem e sua profissão.
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Como usar em sala de aula
O filme é fantástico para tratar do assunto “verdade”, nas aulas de Filosofia. Neste sentido, o professor pode fazer a seguinte pergunta: na sua opinião, qual a versão mais próxima da verdade?
Um pouco de teoria. A questão da verdade é um problema fundamentalmente epistemológico. Parece não haver uma verdade única e absoluta, mas o ser humano parece estar sempre predisposto a buscar a verdade, pois esta lhe dá sentido à vida.
Segundo Marilena Chauí, existem três acepções do termo verdade: do grego aletheia, conhecimento não-oculto, não-escondido, aquilo que se apresenta aos sentidos.; do latim veritas, aspecto rigoroso, metódico e fiel de um dado relato; do hebraico emunah, significa confiança.
O pensamento sofístico afirmava o relativismo universal. Para Protágoras de Abdera (490 a.C. – 421 a.C.), o “ homem é a medida de todas as coisas”. A palavra medida deve ser aqui entendida como uma espécie de norma de juízo do indivíduo que exerce a faculdade de julgar. Em outras palavras, toda espécie de conhecimento físico, político, ético depende do indivíduo que o vivencia e, então, julga-o.
Para Górgias de Leontini (485 a.C. – 375 a.C.), é impossível chegar a uma verdade absoluta, pois a verdade depende de quem acredita.
Boa noite
Onde na internet acho o video: O olho do observador?
É da Siamar e não estou achando gratuito na net
Obrigada
Att
Mariangela
Vou ver se acho novamente, Mariangela
Removeram o vídeo. Vocês têm uma cópia que possam disponibilizar?
Olá, sou professor em uma universidade de Guarapuava. Por favor entre em contato comigo via mail. Grato.
Professor Carlos, meu email é: contato@historiadigital.org
Entre em contato para o que precisar.
Cara, só um comentário, o filme é de 1953 e não 1955, aqui está a ficha dele no imdb: http://www.imdb.com/title/tt0586298/?ref_=ttfc_fc_tt
Mas excelente trabalho!
Quanto a escolas de filosofia grega antiga relacionadas a verdade, acho que existiam quatro posturas:
a) Ha uma verdade absoluta, embora inalcançavel como o horizonte, ela deveria orientar nossos esforços de compreensao do mundo. Geralmente ao tentar se desvelar a verdade ,acaba-se apenas revelando (tirando um véu e pondo outro- mais diafano talvez). Ha uma verdade deterministica, ela está lá, nos que somos incompetentes
b) Nao ha verdade deterministica,em absoluto. Tudo é possivel, e vive-se num universo de probabilidades. O Principio da incerteza de Heisenberg corroborou isto na revolucao quantica da fisica do seculo XX, mas tenho a impressao que abusa-se dele.
c) Se ha verdades ou nao, isto nao importa muito, o que interessa é o uso que se faz dela,escola sofistica dos pragmaticos. Foi muito criticada ja na epoca deles. Mas o principio antropico admitido em Astrofisica atual tem duas versoes. A mais generalizada ( O Universo é como é porque nós somos como somos) se aproxima desta verdade item c) e do Protagoras de Abdera.
d) Nao ha em absoluto verdades e os deuses podem burlar tudo a sua vontade soberana. Um Universo de caos estocastico. Benvindo ao Neolítico! No fim do seculo XX, ficou muito popular uma tal Matemática do Caos, mas até onde pude entender, nem ela acredita na bagunça completa, pois admite alguns eventos atratores, o que asssemlharia a ideia dos probabilistas (b).
Que confusão! O cardápio é variado, o freguês escolhe o que?
Esta historia lembra o conto dos velhinhos cegos indianos apalpando um elefante e chagando a conclusoes muito diferentes todas elas corretas e parciais.
Nossa certamente verei tal filme!Valeu a dica prof Michel! Quanto a ser usado em aulda d eFilosofia, creio que tb deve ser usado em aulas de Historia, espcialmente aquelas iniciais, onde se discute o que é historia e como é seu metodo. Porque tào importante quanto O QUE um narrador diz é QUEM é este narrador? A quem interesse ele serve ou qual sua motivaçao? Ele tb é fruto de uma epoca qualquer que tem sua visao de mundo particular…
Claro, é válido para qualquer ciência humana, especialmente história.