Este filme aborda uma visão de como as pessoas interpretam mal, distorcem ou ignoraram o que veem, a partir de diversos pontos de vista acerca de um homem e sua profissão.

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Como usar em sala de aula

O filme é fantástico para tratar do assunto “verdade”, nas aulas de Filosofia. Neste sentido, o professor pode fazer a seguinte pergunta: na sua opinião, qual a versão mais próxima da verdade?

Um pouco de teoria. A questão da verdade é um problema fundamentalmente epistemológico. Parece não haver uma verdade única e absoluta, mas o ser humano parece estar sempre predisposto a buscar a verdade, pois esta lhe dá sentido à vida.

Segundo Marilena Chauí, existem três acepções do termo verdade: do grego aletheia, conhecimento não-oculto, não-escondido, aquilo que se apresenta aos sentidos.; do latim veritas, aspecto rigoroso, metódico e fiel de um dado relato; do hebraico emunah, significa confiança.

O pensamento sofístico afirmava o relativismo universal. Para Protágoras de Abdera (490 a.C. – 421 a.C.), o “ homem é a medida de todas as coisas”. A palavra medida deve ser aqui entendida como uma espécie de norma de juízo do indivíduo que exerce a faculdade de julgar. Em outras palavras, toda espécie de conhecimento físico, político, ético depende do indivíduo que o vivencia e, então, julga-o.

Para Górgias de Leontini (485 a.C. – 375 a.C.), é impossível chegar a uma verdade absoluta, pois a verdade depende de quem acredita.