Em post sobre 10 fatos sobre a História da Administração, havia destacado que, no geral, algumas fontes apontam que a história administração remonta à antiguidade, quando reis, magistrados e outros líderes precisavam aplicar alguns princípios de gestão para regular o trabalho, ou mesmo para motivar os escravos.
Considerando que o conceito é fundamental para entender qualquer assunto, concebemos Administração como a função que coordena o esforço das pessoas para cumprir metas e objetivos, através do uso de recursos de maneira eficiente.
Uma das concepções de Administração (em inglês, management) concebe a ciência em um sentido mais empresarial – Administração de Empresas -, e não surpreende que grande parte dos autores passe a trabalhar os aspectos históricos a partir da Revolução Industrial, no século XVIII. Assim, a criação da máquina a vapor por James Watt, em 1776, influenciando na criação das fábricas, é considerado um dos marcos desta história.
- Leia também: 10 fatos da história da administração
Nesta postagem, vamos destacar 5 pioneiros da História da Administração, em uma concepção mais recente. Apesar da escolha feita – a velha subjetividade do historiador -, não podemos esquecer de outros nomes como Henry Towne, Yoichi Ueno, Alexander Church, Max Weber, Ronald Fisher, Thornton Fry, entre outros.
1. Frederick Taylor
Nascido nos Estados Unidos, Frederick Taylor (1856-1915), é considerado o papai da Administração. Nascido no século XIX, foi influenciado pelo pensamento científico da época (alô, positivismo!). Logo, buscou tratar da Administração como ciência, através de uma preocupação com a racionalização do trabalho na indústria. Dentre os princípios administrativos defendidos por Taylor, estão: ciência em lugar do empirismo, seleção e tratamento do trabalhador, articulação do trabalho com a ciência.
Obra: Os Princípios da Administração Científica (1911)
2. Henri Fayol
Nascido na França, Henri Fayol (1841-1925) é o queridinho dos administradores. Isto porque ele procurou ter uma visão mais global da empresa, partindo da cúpula em direção à base. Para Fayol, administrar é prever, planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. De fato, ele conseguiu sistematizar a administração, estabelecendo princípios administrativos que influenciam empresas dos mais variados setores até hoje. Alguns destes princípios são: divisão do trabalho, igualdade de tratamento, remuneração justa e garantida, entre outras.
Obra: Administração Industrial e Geral (1916)
3. Henry Ford
Nascido nos Estados Unidos, Henry Ford (1863-1947) ficou conhecido por popularizar o automóvel. O saudoso Ford T, criado em 1908, foi o primeiro carro popular da história. Ao contrário de Fayol, Ford se concentrou no sistema de produção como um todo, baseado na tese que o ciclo de produção começa no consumidor. Dentre os modelos popularizados pelo modelo fordista de produção, estão a linha de montagem e a produção em série, adotados em suas fábricas. Alguns dos seus princípios administrativos são: intensificação, economicidade, produtividade, não temer competição, priorizar o consumidor.
Obra: Minha Filosofia de Indústria (1929)
4. George Mayo
Nascido na Austrália, George Mayo (1880-1949) é um dos representantes da “Escola de Relações Humanas” em Administração, que concebe a empresa como sistema social, sendo que a produção exige o esforço de todos os trabalhadores. Neste sentido, Mayo foi célebre ao orientar uma investigação, entre 1927 e 1932, na Fábrica de Telefones Hawthorne, da Western Electric Company, em Chicago, nos Estados Unidos. Esta investigação concluiu que o aumento da produção está ligado ao trabalho grupal, pois quando o grupo se entende e todos são reconhecidos, os resultados são melhores.
Obra: Os Problemas Humanos de uma Civilização Industrial (1933)
5. Ludwig Von Bertalanffy
Nascido na Áustria, Ludwig Von Bertalanffy (1901-1972) é o mais recente dentre os pioneiros destacados nesta postagem. Apesar de ser um biólogo, sua “Teoria Geral de Sistemas” influenciou a forma de compreender a empresa. Assim, dentro da abordagem sistêmica, a empresa é considerada um ecossistema integrado, um conjunto de partes em constante interação e, como todo organismo vivo, constitui um sistema aberto que mantém um contínuo fluxo de entrada e saída com o seu ambiente.
Obra: Teoria Geral de Sistemas (1968)
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