Nesta postagem sobre o Imperador Frederico II e as crianças mudas, saiba como o imperador do Sacro Império Romano-Germânico empreendeu experiências proibidas com crianças, no século XIII, com o objetivo de descobrir qual a “língua original” concedida a Deus para os seres humanos.

As informações e imagem foram extraídas do livro A HISTÓRIA DA PSICOLOGIA, de Anne Rooney.

O imperador Frederico II (1194-1250) governou o Sacro Império Romano Germânico entre 1220 e 1250. Durante o seu reinado, ele teve a curiosidade de conhecer qual a língua original e se as crianças já sabiam pronunciá-la desde o seu nascimento.

As crianças “mudas”

Usar crianças em experiências nunca foi bem visto e, dentro da história da psicologia, eram consideradas experiências proibidas. Para certificar-se que as crianças já nasciam conhecendo a língua original, Frederico II resolveu se aventurar em um experimento.

Ele mandou criar algumas crianças privando-as de ouvir a voz humana. Assim, as mães adotivas e enfermeiras podiam dar banho e amamentar, mas não podiam conversar com as crianças. O imperador desejava saber qual língua estas crianças iriam falar: o hebraico, o grego, o latim ou a língua dos seus pais.

Imperador Frederico II e as crianças mudas

Imperador Frederico II cercado pelas crianças “mudas”

A experiência proibida de Frederico II foi relatada por um contemporâneo seu, o frade e cronista italiano Salimbene di Adam (1221-1290).  Segundo o frade, a experiência não deu certo porque, mesmo privada de conversar com os adultos, as crianças ouviam os próprios adultos conversarem entre si.

Outras experiências

O caso das crianças “mudas” de Frederico II não foi o único registrado na história. Muitos séculos antes outras experiências haviam sido feitas. No antigo Egito, o faraó Psamtik I, que reinou entre 664 a.C. e 610 a.C., fez a primeira experiência da história da psicologia.

Psamtik I ordenou que dois bebês recém-nascidos fossem criados por um casal de camponeses. Estes camponeses receberam rígidas instruções para não falar com os bebês ou até mesmo conversar perto deles.

O faraó achava que a linguagem era inata e acabou chegando a esta conclusão quando um dos bebês pronunciou “békos”. Psamtik achava que eles estavam falando o frígio, pois, nesta língua, békos significa pão. Consequentemente, achou que o frígio era a língua original.